Mar. Abr 30th, 2024

Na sua primeira viagem internacional como presidente, Javier Milei participará do encontro em Davos, na Suíça, onde planeja falar sobre seus planos libertários para a economia argentina e se reunir com as autoridades do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo a chanceler argentina Diana Mondino teriam sido «vários» os pedidos de reunião bilateral com Milei, que tomou posse há pouco mais de um mês. «Não haverá tempo para todas as reuniões (solicitadas)», disse Mondino à imprensa argentina, pouco antes do embarque, em Buenos Aires, na terça-feira (15).

Milei viajou em uma companhia aérea internacional, acompanhado por sua irmã, Karina Milei, que é secretária geral da Presidência, e pelos ministros da Economia, Luis Caputo, e das Relações Exteriores, Diana Mondino, além do chefe de Gabinete da Presidência, Nicolas Posse.

O governo argentino aguarda um crédito de US$ 4,7 bilhões do organismo internacional. Nesta terça-feira (16), Caputo e Posse se reuniram com Gita Copinath, do Fundo, e nesta quarta-feira, com Milei, devem ser recebidos por Georgieva. A Argentina contraiu um empréstimo bilionário durante a gestão do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) e a partir do ano passado (de campanha presidencial) teve dificuldades para cumprir as metas exigidas pelo Fundo. Eleito com 56% dos votos, Milei colocou o pé no acelerador com três pacotes para desregulamentar a economia, anunciados no início do seu governo. Com quase 700 atigos, o projeto chamado Lei Ônibus (com esse nome pela ampla quantidade de setores que aborda e afeta) está sendo debatido nas comissões da Câmara dos Deputados. O objetivo do governo é tentar aprová-lo até o fim deste mês de janeiro. Mas deputados (incluindo simpáticos ao projeto Milei) reclamam da falta de tempo para analisar cada artigo.

A diretora do FMI elogiou os «progressos» na economia argentina para «corrigir de forma muito agressiva alguns dos problemas», como o déficit fiscal e a falta de reservas no Banco Central da República Argentina (BCRA), como disse à agência de notícias Bloomberg e informou o Clarín em espanhol. «Até agora tudo bem», disse.

Na semana passada, foi divulgado o índice oficial da inflação de 2023 e o resultado superou o da Venezuela, que era a campeã no ranking regional – 211,4%. Somente em dezembro, no primeiro mês de gestão de Milei, que resultou na herança inflacionária do governo anterior de Alberto Fernández e na liberação de preços antes controlados (como os dos combustíveis, por exemplo), a inflação foi de 25,5%. Analistas concordam que combater a espiral inflacionária será decisivo para os rumos do governo Milei.

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